Farmácia é fechada em Pontal por venda de medicamentos vencidos
sexta-feira, 8 de março de 2013O Ministério Público investiga uma farmácia de Pontal por venda de medicamentos vencidos. O estabelecimento comercial foi fechado pela Vigilância Sanitária e três homens foram presos em flagrante por crime contra o consumidor. A Promotoria também investiga a informação de que parte dos remédios vendidos no local era roubada.
“Há fortes indícios de que eles foram adquiridos de cargas roubadas”, disse o promotor Wanderley Trindade Júnior. Depois de uma denúncia anônima, segundo ele, o MP procurou a farmácia e não encontrou no local notas fiscais de diferentes remédios que eram vendidos no estabelecimento. “Fizemos a apreensão de vários medicamentos com o prazo de validade vencido e muitos haviam sido suprimidos pelos responsáveis”.
Dentre os remédios de uso controlado encontrados na farmácia estão medicamentos contra hipertensão e diabetes. Há também produtos pediátricos, como xaropes e leite em pó. Alguns produtos estavam vencidos havia mais de um ano. Parte do material apreendido foi levada para a delegacia de Pontal.
O dono da farmácia na cidade de Pontal foi preso em flagrante. Dois filhos dele, que eram os farmacêuticos responsáveis, também foram presos. “Para o tipo de crime que eles cometeram são previstos até cinco anos de detenção, motivo pelo qual não foi possível propor fiança”, explicou o delegado Pláucio Fernandes.
De acordo com ele, o crime pode ser agravado se algum consumidor tiver problemas em decorrência do uso desses medicamentos. “Essas pessoas poderão ser responsabilizadas por homicídio ou lesão corporal, caso alguém passe mal por causa desses remédios”, afirmou Fernandes.
Moradores preocupados
A revisora de laboratório Letícia Negrão diz que ficou com medo quando soube do problema encontrado na farmácia onde ela costuma comprar medicamentos. “Assusta saber que os remédios estavam vencidos. Tenho uma filha pequena e comprava os remédios para ela só aqui”, disse. Ela garante nunca ter sofrido efeitos colaterais pelo uso dos produtos fora do prazo de validade.
A mesma constatação teve a dona de casa Maria Nunes de Souza Silva, que usava os remédios da farmácia havia dois anos. “Não sei se comprei medicamento vencido, pois para mim dava certo o remédio de pressão.”
Defesa
O advogado da família, Carlos Eduardo Machado, disse que vai entrar com o pedido de liberdade provisória dos clientes nesta sexta-feira (8). Segundo ele, algumas irregularidades ainda não foram comprovadas. Ele aguarda a apuração do Instituto de Criminalística.
Fonte: G1
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